sábado, 30 de julho de 2011

Sé: a Praça do Brasil

Um casal namora, aproveitando o sol na Praça da Sé. A moça faz carinho nos cabelos de seu namorado enquanto ele, deitado com a cabeça instalada no colo da namorada, fica observando o mundo ao seu redor. Eles sorriem e curtem o belo cenário que os cerca.




Foto: Paulo Talarico

Eles estão em um local onde muitas pessoas circulam todos os dias. Passam por ela, oram nela, ou até dormem nas proximidades. É o coração da maior cidade da América Latina e que tem uma das mais belas igrejas do Brasil.

Uma catedral com quase 100 anos de história. Começou a ser construída em 1912, terminada apenas em 1954. Hoje ainda é símbolo de uma metrópole que mudou completamente. E é neste espaço onde é possível encontrar todos os tipos de realidades.

Diversidade
Quem vai a Catedral da Sé pode se deparar com turistas que visitam a igreja, com paulistanos que querem conhecer um pouco de São Paulo, ou encontrar intelectuais a procura de cultura. Ela é uma referência para todos os 11 milhões de habitantes da cidade.

Também por lá estão alguns engraxates que dão um brilho nos sapatos de executivos do centro, vendedores de lembrancinhas, pregadores evangélicos, além de artistas de rua, como uma banda nordestina tocando forró e principalmente as melodias de Luiz Gonzaga.

No entanto, o grupo que domina a região é o de moradores de rua. Por todos os lados é possível encontrar um ou outro pedindo uma caridade.

Mas qual é o motivo que faz com que fiquem na praça? Muitas teorias existem: pode ser o local com maior atrativo de dinheiro; a proximidade dos albergues também é uma possibilidade; os mais pessimistas acham que é um ponto mais fácil para cometer delitos;

Por que não?
Mas a verdade, bem que poderia ser outra. Os moradores de rua estão lá porque é o espaço mais democrático da cidade. Eles estão lá porque é bonito ver a catedral, é lindo ver o sol na praça, é gostoso assistir as águas da fonte sem compromisso.

Porém, é algo difícil de imaginar. Da mesma forma que é difícil imaginar que aquele casal que abre este texto é um casal de moradores de rua. São pessoas com as roupas surradas, descalços, sozinhos em um canto. Difícil, mas é real.

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